
Max Karl Ernst Ludwig Planck, ou apenas Max Planck, é conhecido como um dos maiores físicos de todos os tempos.
Ele nasceu em Quiel (estado de Eslésvico-Holsácia) em 23 de abril de 1858 e faleceu em Göttingen (estado da Baixa Saxônia), em 4 de outubro de 1947. Ambos os lugares na Alemanha.
Foi quando sua família de mudou para Munique que a vida científica de Planck começou a desabrochar. Ele foi matriculado em um ginásio: Maximiliansgymnasium München, onde ficou sob a tutela de Hermann Müller, um matemático muito bem renomado. Ele que foi o responsável pelo ensino de astronomia, mecânica e matemática a Planck. Foi com ele que Max Planck primeiro aprendeu o princípio da conservação da energia. Não à toa, seus primeiros trabalhos foram sobre termodinâmica. Também publicou trabalhos sobre a entropia, termoeletricidade e na teoria das soluções diluídas. Excelente aluno, Planck obteve o grau de doutor com apenas 21 anos de idade.
Foram estudos nessa área que levaram o jovem cientista alemão a chegar nos estudos da maravilhosa teoria quântica. Na época a Física era vista de uma maneira bastante diferente de como a vemos hoje. Isso porque os cientistas acreditavam que basicamente tudo que se podia descobrir da natureza já havia sido descoberto. Ou seja, não havia nada mais de revolucionário a se achar. Esse era o pensamento de Philipp von Jolly, professor de Física de Planck de Munique. Ele chegou a aconselhar Planck a não tentar descobrir nada de novo na ciência já que seria em vão. Planck, por sua vez, estava totalmente interessado em compreender aquila que já havia sido descoberto.
Hoje sabemos que a Física ainda guarda muitos mistérios para serem revelados, e que esse pensamento da época iria cair por terra quando as tão famosas Relatividade e Teoria Quântica fossem iniciadas no século XX. E o próprio Planck foi percursor disso, pois é chamado por muitos de Pai da Física Quântica. E foi por esses estudos que ele foi laureado com o Nobel de Física em 1978.
Mas a vida de todo cientista não é um “mar de rosas”. Durante sua vida, ele teve que vivenciar um dos crimes mais famosos da história da humanidade (para não dizer O crime mais famoso da história da humanidade): o nazismo. Durante sua vida adulta, o partido nazista de Adolf Hitler ascendia na política alemã e conquistava os ideais do povo. A ascenção de Hitler foi a partir do ano de 1933.
Mesmo assim, Plank decidiu continuar na Alemanha. Ele viu muitos de seus colegas judeus deixarem o país e chegou a questionar a atitude de alguns, ao mesmo tempo em que ajudou outros a emigrarem.
Como chefe da Sociedade Kaiser Wilhelm, ainda tentou argumentar diretamente com Hitler sobre como a perseguição aos judeus poderia prejudicar a ciência do país. Em vão. Durante a Segunda Guerra Mundial, permaneceu na Alemanha, mudando de cidade devido a batalhas e ataques.
Em 1945, o nazismo teve participação na morte do nosso famoso cientista, mas não diretamente. Seu filho, Erwin, foi executado por envolvimento em um atentado contra a vida do Führer. Esse foi o maior baque na vida de Planck, que entrou em um profundo estado de depressão. Após a guerra ele se mudou com sua então esposa para a cidade de Göttingen. Planck havia perdido a vontade de viver e, em razão de uma queda e de alguns derrames, em outubro de 1947 veio a falecer (com 89 anos). Ele se foi dois anos depois da morte de seu querido Erwin. Segundo o físico James Franck, a morte veio-lhe como uma espécie de “redenção”.
Fontes: